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18 de fevereiro de 2011

Porque um final feliz?



As pessoas cismam em desejar um final feliz para suas vidas, o que é engraçado pois penso diferente. Penso que o fim de uma vida é sempre trágico. Morrer, deixando de lado as questões religiosas, sempre vai ser trágico para alguém, mesmo que seja uma morte tranqüila. – Ele morreu como um passarinho – alguém vai sentir pela morte.
Então porque desejar um final satisfatório se almejar períodos de felicidade maiores do percurso da minha vida. (parece estranho). É... Na verdade não existe felicidade eterna e nem tristeza perpétua, existem momentos, períodos. Uns bons e outros ruins, há momentos de desolação total, onde perdemos nosso chão, mas também existem momentos eufóricos onde nos vemos em uma ilha no meio de um oceano de alegria. Isso passa.
O Mau de desejar um final feliz é que não podemos parar por aí, o desejo por si só não move moinhos, o fato é que temos que traçar metas e segui-las. Uma professora, na faculdade sempre nos dizia uma ilustração que me marcou: “ Na vida temos que ser como um carro intercalando o farol alto e o farol baixo” (não é bem assim , mais é isso que eu lembro). O Importante é termos a Visão, visualizar em longo alcance sem deixar de ver o seu chão, criar expectativas e tentar trilha-las. É certo que tristezas viram, mas o legal de viver é passear na montanha russa da vida, passar por altos e baixos, loops e parafusos, e ainda rir disso tudo.
Caso aconteça de um dia a situação não esteja boa, não se desespere, liga o farol alto, mantenha a visão na prosperidade, respire fundo, visualiza e volta para o farol baixo tranquilo e certo de que a felicidade vai passar na sua vida novamente.


Renan Wangler

25 de dezembro de 2010

Natais

      25 de Dezembro, data tradicional e de muitos significados, paz renovação amor união...E um monte de bons fluídos  e pensamentos que desejamos à amigos, familiares e até à desconhecidos. Porém a muitos natais por traz do sentimento universal de felicidade.
      Há o natal da falta, do sentimento triste de perder um ente querido. é no natal que a dor lateja mais forte, a lembrança do finado constrói uma muralha que barra a felicidade da ocasião as vezes eternamente, nesses casos temos que nos fixar nos presentes e imaginar o quão os ausentes gostariam de nos ver felizes.
      Ocorre também  o natal da solidão que bate nas pessoas longe de  seus familiares, seja inseridos em novas famílias, longe de todos em outras cidades, países ou qualquer situação que impeça a união natalina referida acima. Nesses casos a solução é usar os elementos que o mundo globalizado nos fornece, tais como internet, telefones entre outros meios de comunicação da atualidade. Também é importante se apegar no próximo, mesmo que ele não seja tão próxima nessas horas é que vemos com quem podemos contar.
      Existe também o natal dos excluídos, pessoas que se encontram sem uma familiar vivo ou totalmente rejeitado por eles, as vezes nas ruas ou em suas casas dormindo tentando esquecer o que hoje se comemora. Nesses casos um simples sorriso de onde não se espera resolve metade dos problemas, pois essas pessoas precisam de carinho e afeto, indepemdente de quem seja. Então vá para as ruas , saia de seu ninho e vá ao encontro de outras pessoas, pois na esquina pode estar o sorriso esperado.
      Em outros casos  o que dificulta  a ação esperada  do natal não é o laço afetivo, mas sim as condições financeiras, afinal não  é fácil ver nossos filhos esperando um papai noel que não virá, é difícil manter a alegria, principalmente quando a barriga ronca ao sentir aromas de assados no ar. Nessas situações imagino que se deva lembrar de uma cena muito retratada nessa época, aquela da família humilde junto aos bichos  admirando um recém nascido junto ao feno. É, ela mesma, a cena dos prezépios, relatando que o amor e a esperança vivem até nos lares mais desvalidos.
      É importante lembrarmos que os natais existem e não devemos esquecer  nem desconsiderar eles pois nesses casos  nem tão atípicos  é que está  em prova  o real motivo do natal. A União  das grandes famílias que surgem para nos acudir e acalentar nessa dura  vida que  se segue.