19 de janeiro de 2013

R.I.P.



À Jorge Selarón.

No Rio paira um negrume
Fruto de lamentos e tensão.
Meus sentimentos à lapa,
Enlutada, pois perdeu seu artesão.

Em chamas, um lume lúgubre,
Que escureceu a exaltação.
Nos degraus da obra prima
A vida se finda, desolação.

Por medo, desespero...
Ou ganância, depravação?
O Rio chora por seu filho adotivo...
Nascido da arte, recebido de coração.

Doravante imortal!
Buchudo, sambando tal qual mulata.
Os mesmos degraus do fim
Perpetuarão a vida de Jorge Selarón.

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