Houve tempos majestosos
Onde a inspiração era foz
De rio farto e constante,
Hoje, vulcão adormecido.
Transmite o calor na lembrança
Daquelas erupções cataclísmicas
De abalos sísmicos sensoriais.
Mas hoje, estalactites pingando.
Paulatinamente o soro
Da minha verdade poética.
Outrora geisel pungente,
Hoje vapor de chaleira.
Mas estou certo que ainda persiste
A queimar minha alma
Não mais incêndio florestal
Mas uma vela acesa
Titubeante, mas ainda viva.
Capaz de iluminar
Com um lume revelador.
Tirando das trevas minha visão
Ainda capaz de consumir
Minhas raivas da vida cotidiana
Minhas dores, rompendo clamores,
Em sinais de fumaça.
Vela esta capaz de me guiar
Pela noite escura das frustrações,
Atravessando labirintos intermináveis
De asfalto e concreto armado
Chama esta que ainda forja
Meu caráter social,
Minha armadura intelectual
Minha espada literária vorpal
Cortando cabeças e mentes vazias
Abatendo a caça e alimentando o espírito.
Transformando o carvão do ócio
Em belos diamantes poéticos.
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inspiração é como uma jóia: quanto mais rara, mais preciosa. A sua produção é inversamente proporcional a qualidade dos seus textos: menos textos, mais valiosos. Parabéns.
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