I
Duro é meu conflituoso viver,
Mais uma vez dicotomizo meu ser.
Vivo bifurcações e jogos de influência,
Inconstância, discursos contrários em evidência.
Desejos, vícios e tentações
Em revelia a imagens e padrões.
Gozar da responsável instabilidade
Ou rebelar contra a rotina, à diversidade.
Sei que não sou o que me pintam,
Será que no fundo eu tento ser?
Perdoem-me os que me miram.
Sinto-me incapaz de lhes corresponder.
Na verdade sou meu maior sensor,
Atado a meu eu subversivo,
Nessa eterna guerra fria, ator
Pelejando em meus conflitos subjetivos.
II
Dialética sem fim...
Preciso eu chegar à verdade?
Proponho-me uma trégua.
Aceito áreas de ação e consulturias.
Ei de ser único em minha cumplicidade,
Afinal, dois pensam melhor que um,
Da discórdia prevelecerá a razão.
Sobriedade atada a fantasia.
Contínua é a busca por minha alegria,
Harmonia pensada, selecionada.
Aos demais admirem a atuação,
Pois meu show vai começar.
Salve a hipocrisia em sua magia.
Do desprezo a telas e padrões,
A paz, bendita alegoria.
Premiando meu carnaval subjetivo.
Verdades são notoriamente subjetivas, assim como os conflitos internos ou não e a hipocrise, então, essa corre solta.
ResponderExcluirBelas palavras, Renan.
Aproveito a oportunidade para deixar o link do blog que tenho a audácia de registrar algumas poesias e contos: http://fllordeplastico.blogspot.com.br/
Veja quando puder e deixe seu parecer sobre "Os devaneios de uma Flor de Plástico!"