6 de junho de 2012

Conflito Subjetivo

I

Duro é meu conflituoso viver,
Mais uma vez dicotomizo meu ser.
Vivo bifurcações e jogos de influência,
Inconstância, discursos contrários em evidência.

Desejos, vícios e tentações
Em revelia a imagens e padrões.
Gozar da responsável instabilidade
Ou rebelar contra a rotina, à diversidade.

Sei que não sou o que me pintam,
Será que no fundo eu tento ser?
Perdoem-me  os que me miram.
Sinto-me incapaz de lhes corresponder.

Na verdade sou meu maior sensor,
Atado a meu eu subversivo,
Nessa eterna guerra fria, ator
Pelejando em meus conflitos subjetivos.

II

Dialética sem fim...
Preciso eu chegar à verdade?
Proponho-me  uma trégua.
Aceito áreas de ação e consulturias.

Ei de ser único em minha cumplicidade,
Afinal, dois pensam melhor que um,
Da discórdia prevelecerá a razão.
Sobriedade atada a fantasia.

Contínua  é a busca por minha alegria,
Harmonia pensada, selecionada.
Aos demais admirem a atuação,
Pois meu show vai começar.

Salve a hipocrisia em sua magia.
Do desprezo a telas e padrões,
   A paz, bendita alegoria.
Premiando meu carnaval subjetivo.



Um comentário:

  1. Verdades são notoriamente subjetivas, assim como os conflitos internos ou não e a hipocrise, então, essa corre solta.
    Belas palavras, Renan.

    Aproveito a oportunidade para deixar o link do blog que tenho a audácia de registrar algumas poesias e contos: http://fllordeplastico.blogspot.com.br/
    Veja quando puder e deixe seu parecer sobre "Os devaneios de uma Flor de Plástico!"

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