13 de novembro de 2011

Sou Poeta

Juntando palavras,
Represento ideias,
Desço sentimentos,
Planto reações,
Colho emoções,
Atiro para o vento
Esperando o revés. 

Que caia dos céus
Numa torrente desigual,
Assim desenfreada,
Atingindo minha mente
Derramando inocente,
Seu tempero nas mãos.
Aqui misturo minha química.
Poções, venenos e culturas,
Amalgamando realidade e ilusão. 

Pois sou poeta e não relaxo.
Boto o dedo no tacho
Da loucura divina.
A mais natural das insanidades,
Uso da paixão, do amor,
A qualquer um e com louvor.
Amo você e o próximo,
E o de antes também.
Não prego odioso desdém
Nem passo por cima de ninguém.
Aqui mesmo penso e reflito
E mais uma vez repito:

Pois sou poeta e não relaxo,
Boto multidões a baixo,
Com meu lápis e papel,
Que nem boi brabo no laço
Domo a inspiração no braço,
Traduzo, organizo e despacho,
Para todo mundo curtir. 

Do que vejo, descrevo,
Refaço e reescrevo.
À minha moda,
Moldando sua beleza. 

Pois sou poeta e não relaxo.
Batido na multidão eu passo.
Maquiando meu cansaço,
Rimando, pescando no espaço.
Assim minhas tristezas disfarço.

Um comentário:

  1. Debora do Nascimento04 janeiro, 2012 22:02

    adorei. cheio de rima, ritmo. poderia pensar em musicá-la. é forte. inspirador.

    ResponderExcluir

Bem vindos ao meu perfil literário sintam-se em casa, e não esqueçam de deixar um comentário. voltem mais vezes!