Represento ideias,
Desço sentimentos,
Planto reações,
Colho emoções,
Atiro para o vento
Esperando o revés.
Que caia dos céus
Numa torrente desigual,
Assim desenfreada,Atingindo minha mente
Derramando inocente,
Seu tempero nas mãos.
Aqui misturo minha química.
Poções, venenos e culturas,
Amalgamando realidade e ilusão.
Pois sou poeta e não relaxo.
Boto o dedo no tacho
Da loucura divina.
A mais natural das insanidades,
Uso da paixão, do amor,
A qualquer um e com louvor.
Amo você e o próximo,
E o de antes também.
Não prego odioso desdém
Nem passo por cima de ninguém.
Aqui mesmo penso e reflito
E mais uma vez repito:
Pois sou poeta e não relaxo,
Boto multidões a baixo,
Com meu lápis e papel,
Que nem boi brabo no laço
Domo a inspiração no braço,
Traduzo, organizo e despacho,
Para todo mundo curtir.
Do que vejo, descrevo,
Refaço e reescrevo.
À minha moda,
Moldando
sua beleza.
Pois sou
poeta e não relaxo.
Batido na
multidão eu passo.
Maquiando
meu cansaço,
Rimando, pescando
no espaço.
Assim
minhas tristezas disfarço.
adorei. cheio de rima, ritmo. poderia pensar em musicá-la. é forte. inspirador.
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